domingo, 6 de maio de 2018

COR DA SAUDADE

Essa cor, entre o vermelho e o amarelo
A ardência da abóbora e da laranja
Parece o sol, quando ao pôr se lança
Dentro do peito, essa luz de esperança
Uma dança, no tom de um violoncelo

Quando uma flor brinda o sol, de resto
Vestindo-se de um tecido de tal matiz
Até perco o fôlego com o que ela diz
Quanto amor há em tão generoso gesto

Humilde, capaz de espalhar bondade
E espelhar na própria face o amor à vida
O semblante da hora, a cor da despedida
Escolhida a pétalas, no calor da saudade

Quanta verdade um vestido pode ter
Se a flor o veste com nexo de pele
Quanto mais reflete e o amor revele
Embora ao vê-la seja infalível sofrer

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