domingo, 24 de abril de 2016

NUA ESSÊNCIA

Flor atrevida e selvagem
Que conheci durante a viagem
Saibas que tua exuberância salta
Mas és producente de crescente falta
Se tentas assustar, excitas coragem

Bela, como se fosses do mato
Não és muito recatada, de fato
Tens pétalas que imitam espinho
Mas guardas no âmago o carinho
Que só se expressa ao olfato

Protege-te com ácida aparência
E eu respeito isso, como ciência
Tens a arte de encrespar o ato
Que parece recusar meu tato
Mas abres a janela à nua essência

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