Vago, devagar
Por dois segundos
Em dois mundos
Num dia vago
Algo profundo
A marejar
Um suspiro fecundo
Congela no âmago
Sem nódoa
Sem mágoa
Sem nada que pese
Sem pleito no peito
Sem tese
De amargo sabor
De tão raro, tão bom
Uma edificante dor
Dormentes
Onde dormem
Os trilhos do amor
Eu não sei
Quando haverá
Uma eclipse lunar
Nem haverei de saber
Quando dois mundos
Vão se encontrar
Que dia vai chover?
Deixe eu ver...
Sei lá...
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