quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

AGORA EU RIO

Com puro gesto de amar
Espero dentro do enredo
Com zelo a desenovelar
Sem despetalar o segredo

Quase dando um beijo
Busco sem medo o fio
Da meada do desejo
Que, sem jeito, se partiu

Como agulha no palheiro
Ou, no deserto, achar um rio
Quase pedi um sombreiro
Para vencer o desafio

Mas hei de desfiar o novelo
Cujo mistério está por um fio
Não como quem caça ligeiro
Mas como o mar espera o rio

Como amar em desvario
Como o mar se faz com o rio
Como passear de barco
No interior do teu abraço
Enfim, de tudo eu rio
Sorrio, sorrio…

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