Imagino a tua suave cintura
Acentuar-se no molejo do caminho
Irregular das ruas do Pelourinho
Revelando mais que a tua ternura
Os teus delicados pés em sandálias
Moldando-se aos relevos das pedras
Na coreografia cuidadosa que operas
Pelas rústicas ladeiras em que ralhas
Sem falhas no caminhar nem no ver
Afinal, teus olhos costumam iluminar
E não serão diferentes, sob o luar
Nem ante do sol de Salvador, a saber
Saberás, portanto, enxergar a beleza
Dos mistérios que pintam por aqui
Com olhos de azuis que hão de arguir
Contra o que costuma dar tristeza
Vejo-te olhar e sorrir com a doce brisa
E os teus cabelos agirem como o mar
Fazendo ondas de mechas a dançar
E assim te vejo na Bahia, Maria Luiza
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