sábado, 23 de setembro de 2017

VOCAÇÃO

Sou o ombro do teu sono
O abraço da tua preguiça
Certamente a tua delícia
Pelo tanto que mordomo

No fim das contas, somo
Inteiro, entregue, dedicado
Até dormindo, interligado
Em assistência ao teu sono

Busco proteger-te do viés
Quando, indisposta, tu vens
Enfim, esqueces o que tens
Quando lavo os teus pés

Eu não te vejo, mas eu velo
Acontece que fiquei assim
Músico por um violoncelo
Um jardineiro por um jardim

Tenho fé em nosso Senhor
Que fez a mim uma promessa
Além das do Evangelho, essa
Afinal, uma história de amor

Então, se não te vejo, creio
Tenho fé, não tenho pressa
Acho até que tem um rodeio
Sinto cheiro! Que flor é essa?

Nenhum comentário:

Postar um comentário