Um oceano de amar
De saltar bem do alto
E, sem medo, mergulhar
A contemplar do salto
Ondas nos olhos de mar
Quando, no olhar de lado
Arrisca dançar um fado
Com o marejado olhar
Doce retina, espelho d'água
Parece rasa, mas é funda
Espuma, como anáguas
Rendas enredadas, fecundas
Oceano que se faz de saia
Que lambe ilhas e continentes
Como cobre as pernas uma saia
A farra de uma barra renitente
Gentis pálpebras abertas
Cortina da retina constelada
Iluminam as noites do poeta
Estrelas-do-mar espalhadas
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