sábado, 25 de março de 2017

PRECIOSA VIDA

Por serem fáceis, assim expostas
Ninguém mergulha pelas rochas
Tu não te arrisca! Tu não apostas!
Como deverias, pra ver as rosas

Vê-las que digo, em campos floridos
Jamais como se vê em natureza morta
Porém, livres de qualquer descarte
Por seu perfume, todo esse lume
De ternura manifesta em divina arte
Sua presença é sensação de sorte
E preencheria o vazio da morte
Até no silêncio do planeta Marte

As pérolas, no entanto, essas são raras
Tu contas com orgulho em teus colares
Mas são contas mortas, cálculos duros
Estão para os teus óculos escuros
Como as rosas, aos teus olhares


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