sábado, 10 de fevereiro de 2018

BUQUÊ DE FLORES

Mesmo num arranjo, depois de ceifadas
São como anjos, preservada a inocência
Reluzem bondade, quanto mais torturadas
No sacrifício, aditam cintilante indulgência

Colaboram em silêncio com o tal florista
Que as poda, indiferente à dor que tenham
E as espreme num laço com ar de artista
Apressado, antes que os clientes venham

Quando vem à loja um homem apaixonado
Percebe a semelhança com a face da amada
E arremata o buquê, boquiaberto, encantado
E leva, correndo, a homenagem perfumada

Mais alegre ainda, a surpresa de sua flor
Ao receber esse presente como sinal de sorte
É que a morte sacrificial sempre exala amor
Espalha esperança de vida depois da morte

Para que tenhamos vida de alegria e ternura
Também em sacrifício, o Salvador se deu
Com um aroma de flores, à pior das torturas
O maior dos presentes nos dado por Deus

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