Quando a luz se deita
Nas pétalas da maciez
É com moleza que reflete
Os tons suaves da tez
A flor brilha pela beleza
Mas é sensível em textura
A luz não bate, mas apura
Toda mansa de destreza
Até os raios de sol a pino
Desaceleram sobre ela
Devagar em plena queda
Controlando um jeito fino
A luz se deita e se eleva
Como se tirasse um cochilo
E até precisasse de auxílio
Pelo tempo que ela leva
Por isso que o meu olhar
Ganha serenidade no gosto
Quando mira seu lindo rosto
Não tenho como não gostar
Parecem lençóis o lenço
Com que cobre seu sorriso
Quando lê tudo o que penso
Repousando os olhos nisso
Nenhum comentário:
Postar um comentário