Minha lira levanta no fim da tarde
Quando amanhece minha poesia
Pois, mesmo que adormeça o dia
Adia o entardecer da saudade
Quando amanhece minha poesia
Pois, mesmo que adormeça o dia
Adia o entardecer da saudade
Dormir durante a noite, até tenta
Mas sempre ostenta versos a esmo
O sonho no sono sopra e acalenta
Mas no banho, já toma outro termo
Não tem como não sentir saudade
Na verdade, é lealdade inconsciente
Cientes almas em amálgamas
De gamas de cores incandescentes
Ardentes lembranças nunca apagadas
Lavradas em pensamentos latentes
Numa longa história de toda a jornada
Exala a memória de corações quentes
Mas se a estação ainda não é o Verão
Porém, o Inverno em seu pleno vigor
Embora a saudade não se dobre ao frio
A neve é inevitável sobre o amor
Hiberna por milênios a inabalável flor
E basta que um belo dia abra o sol
Sobre ela e derreta o que cobre o amor
Que logo rompe o escuro um arrebol
E o céu aos poucos toma outra cor
Nenhum comentário:
Postar um comentário