sábado, 31 de março de 2018

PELA SUAVIDADE

Sem ser vista, flui a flor pelo ar
Embora, ela exale estonteante
Sua cor não voa com o aroma
Nem está no ar nem vai a Roma
O brilho dourado do semblante

Nesse estado invisível, ela voa
Sem resistência, entra e inspira
Invade o peito aberto do poeta
Mas vai onde ninguém penetra
E acerta o alvo que não mira

Até pode ser vista como arma
Mas é do bem e, pelo bem, atira
Em vez de derrubar, faz-se de ímã
Bem diferente da rosa de Hiroshima
Perfume de flor nos dá mais vida

Seguidora de Deus, obediente
Ela corresponde à sua essência
É fiel à raiz, e se alguém a arranca
Morre perfumando quem a desbanca
Perdoa e continua linda por leniência

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