Quanta gratidão exala de uma janela
De onde o amor, ao bater da brisa, voa
E visita um coração de velas abertas
Em ondas do mar, no alto amar ressoa
Que se joga ao céu, alçando o ar à toa
Como versos afoitos do absorto poeta
Feito o perfume corajoso que a rosa doa
A roseira, esse poema que sempre acerta
Fossem textos de pétalas, assim macios
Ou verbais, os aromas que rosa conjuga
Se a poesia não exigisse seus desafios
O amor seria banal, como a prosa o julga
A poesia simples é como a Rosa Açafrão
Letras acanhadas, quase da cor do papel
Palavras leves, mas levadas ao perdão
De um casto néctar, que não se acha mel
Nenhum comentário:
Postar um comentário