De tanto chorar, irriguei o campo
Sangrei açudes e enchi os rios
Muita planta bebeu do meu pranto
E os poemas brotaram aos desvarios
Hoje, eu ainda fico triste
Com qualquer desamor
Que para entender eu demoro
Mas não me revolto mais
Antes eu oro, enquanto choro
E busco em Jesus a minha paz
A ânsia é um monte sisudo
Lugar escuro, quase carrancudo
Que cidade ruim é a ansiedade?
Eu prefiro a serenidade
Que a fé sempre seja o meu escudo
Eu olho e me molho
Com todas as chuvas
Que escorrem das curvas
Do teu rosto puro de tanto chorar
Ou das nuvens amplas e claras
Dos teus sonhos, os que declaras
Dentro dos meus, sob o luar
Nenhum comentário:
Postar um comentário