segunda-feira, 1 de maio de 2017

NOSSAS CHUVAS

De tanto chorar, irriguei o campo
Sangrei açudes e enchi os rios
Muita planta bebeu do meu pranto
E os poemas brotaram aos desvarios

Hoje, eu ainda fico triste
Com qualquer desamor
Que para entender eu demoro
Mas não me revolto mais
Antes eu oro, enquanto choro
E busco em Jesus a minha paz

A ânsia é um monte sisudo
Lugar escuro, quase carrancudo
Que cidade ruim é a ansiedade?
Eu prefiro a serenidade
Que a fé sempre seja o meu escudo

Eu olho e me molho
Com todas as chuvas
Que escorrem das curvas
Do teu rosto puro de tanto chorar
Ou das nuvens amplas e claras
Dos teus sonhos, os que declaras
Dentro dos meus, sob o luar

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