sábado, 6 de maio de 2017

TECIDO DE PALAVRAS

Tecido de linhas trançadas
Esteira de letras cruzadas
As palhas de tempos verbais
Palavras doces, outras de sais

O tear da poesia a seda produz
Acrescendo ternura ao fino pano
Como pétalas, um tecido insano
De tão liso e macio, cheio de luz

Versos de mel, favos contados
Um com pimenta, temperamento
Outro com flores, bem temperado
Malha de verbos do sentimento

Texto à textura do olhar atento
Ou à leitura da ponta dos dedos
Palavras lavradas sem medos
Encorajadas e sem lamento

Eu te amo, peço que ouça
Eu te amo, espero que leia
Te amo, rezo para que creia
Amo-te muito, amada moça

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