Procurei sementes de bossa nova
Num disco antigo de João Gilberto
Para uma poesia ou uma prosa
Ou, talvez, um samba mais aberto
Eu tentei achar a sua essência
Na cadência daquela emoção
Logo vi que havia uma tendência
Era nada, era uma despretensão
A simplicidade do Brasil fotografada
Sob a luz que revela as suas cores
Cada nota é como pétala arrancada
Interrogando o bem-querer das flores
Bem-me-quer
Mal-me-quer
Bem-me-quer
Mal-me-quer
Bem-me-quer
Mal-me-quer
Como eu vou saber
A verdade de uma mulher?
O olhar não costuma dizer
Ou o ver não é pra quem quer
No balanço das ondas do mar aberto
Espumas explodindo na arrebentação
Isso não tem nada a ver com João Gilberto
Talvez, a correnteza do Chico, no Sertão
Do rio para o Rio, houve uma influência
Inequívoca e decisiva de um certo Tom
Capturaram a pureza do Brasil, em ciência
E a puseram num ritmo muito bom
Bem-me-quer
Mal-me-quer
Bem-me-quer
Mal-me-quer
Bem-me-quer
Mal-me-quer
Como eu vou saber
A verdade de uma mulher?
O olhar não costuma dizer
Ou o ver não é pra quem quer
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