A voz é a foz da minha alma
Quando se eleva e se expande
Como um rio no mar
Como realizar o amor
Com a força de uma paixão
Quando cantamos
Espargimos como tinem os sinos
E voamos com as asas dos hinos
Aos infindos cantos do firmamento
Pra onde vão os dissipados cânticos
Quando dançamos
Somos como árvores ao vento
Desfolhando sentimentos
Desfrutando do contrapasso
Como antepasto do enlevo
Elevando-nos aos astros
Quando amamos e nos unimos
Aos mimos, aconchegamo-nos
No mais doce ardor
Como se o alívio fosse o calor
Fundimo-nos e nos expandimos nus
Coesa coessência eclodindo em luz
Quando dormimos, sonhamos
Onde nos encontramos sem peso
Sem corpo, sem clausura, sem defeso
Dilatados, soltos, porém, coesos
Para acordar do sono, no sonho do amor
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