quarta-feira, 14 de setembro de 2016

MÃOS AO ATO

Nas minhas mãos
Brota uma sensação de afago
Como se, muito sensíveis
As palmas apalpassem flores invisíveis
Ou seria sua face risonha e pura?
Sua tez, no meu sonho, fazendo a textura
Num apertar brando em delícia
Deleite de um deslizar suave
Em resposta à minha carícia

Mãos quase trêmulas
Quase frágeis
Repousadas nessa paisagem
Nessa visão de tato
Contemplação de cego
Nesse amor a que me entrego
Antecipando em sentimento o ato

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