domingo, 11 de setembro de 2016

O POETA E A LUA

Pobre poeta, não me vês bem
De onde estás, sei que tu me contemplas
Mas tenho nuances invisíveis a olhos nus
Vejo, porém, na tua face, a minha luz
E muito de mim nos teus poemas

Lua, Lua… Princesa que tanto amo
Deito-me na minha insignificância
E deleito-me, infante, na tua visão
Já que és conteúdo do meu coração
Entre tu e eu, não há distância

Pobre poeta, meu cantador
Vivo e transito nos teus versos gris
Não porque me dedicas tua poesia
Mas porque passo pela gelosia
E me escondo nas letras gentis

Minha amada de prata e dourada luz
Deixa-me te ver na noite escura, nua
Sentir o frescor de tua claridade
Banhar-me de ti pra não morrer de saudade
Deixa-me compreender cada fase tua

Vem, poeta do meu mundo
Vagabundo que vaga em sutil gravidade
Vem e flutua como um leve som de flauta
Vem, como se tu fosses um astronauta
Só pode me amar quem tem liberdade

Amada Lua, minha luz serena
Na cena em que tu, linda, protagoniza
E realiza a mais linda luz que deita fria
Tu, que alimenta de paixão minha poesia
Que soa com a brisa que diz Luiza

Preciso te dizer, Lua querida…
Diga, meu Poeta cheio de vida…
Amo-te como jamais amei
Eu sei… Poeta... Eu sei…

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