sábado, 9 de julho de 2016

AMOR SOTERRADO

Não me pergunte
Como vejo a ternura da tua alma
Diante de tanto trauma
Tantos frutos de frustrações
Como vejo as boas ações
Por trás dos disfarces
Nem me fale…
Eu não vejo, seja eu claro
Eu só lembro
Dentro de um pensamento vago
Uma ligeira volta ao tempo
Um vislumbre
Uma lembrança de perfume
E mãos suaves
Repousadas num enclave

O tempo não leva
E a chuva não lava
Escava o teu coração
Cava e acha…

Tem um sonho amordaçado
Um amor soterrado

Há de ser acordado
No fundo do poço
No poço enterrado
O ouro em caroço
O amor desmaiado

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