terça-feira, 19 de julho de 2016

INCONTÁVEIS DIAS

Como contas de um colar
Coladas uma a uma
Num cordão de ouro
Coloridos e cinzas dias se juntam
Colecionados como tesouro

Incontáveis dias, intermináveis anos
Suas diárias gotas de lágrimas
E doses altas de riso, assim se faz oceano
Com o vai e vem insistente de ondas
Contas das voltas que o mundo dá, sem engano

Na vida, só o amor conta sem fazer conta
Pra fazer de conta que as horas não passam
Não contar a aspereza dos dias de espera
Antes, descansar na maciez da confiança
E pesar a leveza da fé que o Amor nos dera

Incontáveis dias de diáspora e alguns foras
De martírio, tortura, saudade, tristeza e solidão
Só Deus e eu sabemos, nunca quis desistir
Mantive a fé, amei a repreensão, aceitei a disciplina
E, no doloroso processo de correção, agradeci

Incontáveis dias, muitos com uma doce brisa
Alguns, no entanto, com ventanias cortantes
Teria perecido, se não fosse comigo o Senhor Jesus
A cada dia, nada me faltou graças ao Mestre e Amigo
Ele me salvou do perigo e me encheu de luz

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