sábado, 5 de novembro de 2016

OS SETE INIMIGOS DO AMOR

OS SETE INIMIGOS DO AMOR

Quando bem mais jovem fiz um poema
Tão injusto com irmãos, a quem devo amar
Que o corrijo hoje com o mesmo tema
Porém, sabendo melhor no que mirar

Os inimigos do amor são os pecados
Deus é amoroso e cuida de nos alertar
Do que nos faz mal somos avisados
Que se praticados e não perdoados
É o mesmo que tomar veneno sem vomitar

PRIMEIRO

Eis que no baixo andar do ego
Reside a Gula, uma tendência infantil
Um inimigo a quem, se não me nego
Vai me possuindo e me fazendo cego
Até me tornar um viciado febril

Ébrio, inchado, enfadonho, sonolento
Ora, insaciável, ora chato e enfastiado
Devo combater esse violador sedento
Pedindo a Deus perdão e ensinamento
Admitindo ter sido guloso, desordenado

Tudo o que deposito em esperança
Que há de vir com a desejada vitória
Pronto pra começar uma nova história
Montado no cavalo da temperança

SEGUNDO

Quem não crê ou não ama a Deus, o Amor
Vê-se que logo se agarra a algo a adorar
E, dentre os falsos deuses, causa mais dor
O dinheiro que abrange bens, sem pudor
Avareza é um inimigo capaz de nos apagar

Feito cobra, leva-me a rastejar e a cobrar
Ser incapaz de ouvir os pedidos de socorro
Na busca pelo jamais perder e tudo ganhar
Faço-me fácil omisso, com juros a calcular
Se encontro um conhecido pobre, eu corro

É incalculável o sorriso da grande alegria
Que há de vir com a desejada vitória
Pronto pra começar uma nova história
Residir na paz de Cristo, livre da idolatria

TERCEIRO

No sinal de pressa, violenta ansiedade
Pode esconder a Luxúria, opressora infiel
Possessiva com requintes de crueldade
Pensa ser a promotora da minha felicidade
Mas é quem me desvia da bondade do céu

Fêmea efêmera essa luxuosa torturadora
Ao passo que me promete prazeres a granel
Deixa-me com sede, faltando-me dignidade
Leva-me ao submundo, aos porões da cidade
E se mostra insípido o excesso de leite e mel

Quão saborosa será a verdadeira paixão
Que há de vir com a desejada vitória
Pronto pra começar uma nova história
Encho-me de Deus, andando na retidão

QUARTO

Louca varrida que me impulsiona para o mal
A Ira me tira da paz e da razão, decidida
Pois ao me revirar as vísceras no abdominal
Faz-me de espada em voleio anormal
Somando ao longo do tempo as feias feridas

Traiçoeira dominadora que age de surpresa
No âmago é que haverá de ser vencida
Só o exercício da humildade em pureza
É capaz de um xeque-mate nessa realeza
Seguir a Jesus Cristo é imprescindível na lida

Toda a felicidade depende da paz
Que há de vir com a desejada vitória
Pronto pra começar uma nova história
Sem vaidade, a Ira fica fraca, incapaz

QUINTO

Veja que olhar sedento tem a pior de todas
A inimiga abominável que se faz de cereja
Não seja a Inveja escondida ou dormente
Pois que sua vítima estará sempre doente
Ou é extirpada, ou leva ao crime que seja

Basta desejar o que não se tem, ambicionar
Ela foi acionada para disparar a competição
A corrida do ouro, o outro visto para explorar
O que me leva a desejar, roubar, matar
A inveja é propulsora do desamor, da solidão

Como é doce a realização do que sonhou
Que há de vir com a desejada vitória
Pronto pra começar uma nova história
No aconchego de amigos e do amor

SEXTO

Comandada pela preguiça, todos os dias
O desânimo bate à porta de todo mundo
A inativa inimiga que nos leva à letargia
Se dela eu for alérgico, tenho boa rebeldia
Se for companheiro, sou um vagabundo

Um moribundo, sem vontade de melhorar
Sem pedir o perdão de Deus, pior ficarei
Fincarei bandeira onde o fogo há de queimar
O calor vai aumentando, eu nem pra soprar
Sobra fadiga, quando desisto. O que direi?

Depois da tempestade, doce bonança
Que há de vir com a desejada vitória
Pronto pra começar uma nova história
Espero a recompensa da perseverança

SÉTIMO

Como é triste a vítima da Soberba arrogante
Perdida em vanglórias, incapaz de enxergar
Se cedo a essa inimiga, cedo serei delirante
De costas para Deus, este insensato errante
Ao meu semelhante, incapaz de respeitar

Luciferiano é o orgulho que me leva a pecar
A negar ao Senhor, a não me ver devedor
Deverei contra esse perigoso inimigo lutar
Até a morte, se necessário, para não cegar
Pois pior é a morte do espírito, sem amor

A liberdade que Jesus dá é o maior bem
Que há de vir com a desejada vitória
Pronto pra começar uma nova história
Só agirei com amor, não importa a quem

AOS INIMIGOS, O BOM COMBATE

O bom combate só combate quem confessa
Em entrega, ser Jesus seu Salvador
Ele nos habilita, nos repreende e nos alerta
Corrigindo tudo em nós em mais amor

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