Hei de fazer como o faisão faz
Levar a público exuberante teor
Fazer por fazer, entrar em cena
Fazer um show a duras penas
Apenas para expor o meu amor
Não sendo ave, haverei de dizer
Falácia de faisão, um fácil fausto
Versos versados em movimento
Feito a dança de acasalamento
Com a poesia de tempero farto
Sendo assim, seja feito o jardim
Para não errar e não morrer de dor
Não poderei mais mirar uma musa
Não poderei mais mirar uma musa
Hábito que já nem mais se usa
No jardineiro, há de pousar a flor
E se este faisão estiver falastrão
Em profusão de palavras presas
Lembre-se que parece até rude
Quando enfim rompe um açude
Um nó de água desata represas
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