sexta-feira, 6 de abril de 2018

O MEL DA FLOR

Se eu ressalto suas qualidades
É por amor, minha alma admira
E, portanto, eu sou muito grato
De tê-las visto e me inspirado
E acreditado, enfim, que exista

Nunca pense que eu as exalto
Por desejar um impossível ideal
Pois foram as virtudes que vi
Que me levaram a crer, e cri
Na verdade de existir e ser natural

Não receia que eu as poetizo
Por ilusão de que tudo seja perfeito
Porém, livre o faço por achar bela
A coragem de uma mulher sincera
Que age com carinho e respeito

Sei que me criticam por expressar
Essa minha admiração em poesia
“Ele está se diminuindo por ela”
“Quem não se ama, não tem janela”
Como se o amor fosse economia

Não me importo de ver você crescer
E ser demais para a minha estatura
Aliás, quero vê-la feliz com alguém
Que tenha muitas virtudes também
A tristeza do ego, meu coração atura

Mas o que mais queria falar é que
Os meus enormes olhos para o belo
Não reduzem outro aspecto do amor
O jeito de suportar o que não seja flor
E seguir semeando o amor que espero

E nessa jornada que ora me quebra
Já tive tantas demonstrações de Deus
Do Seu amor e do poder supremo
Que nenhum “não” atualmente eu temo
Com a certeza de “sim” aos afincos meus

Busco a harmonia com a vontade divina
E sinto no fundo do peito essa centelha
Da comunhão pura e sincera, crescendo
Vislumbro o incêndio na brasa acendendo
Já vejo o mel da flor, com olhar de abelha

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