quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

ESCONDE-ESCONDE

Porque recria a beleza de seus azuis
Nos tons de suas pétalas musicais
Parece que viola, mas violeta é a luz
Com que você, sem dó, me seduz
Nas visitas invisíveis de saborosa paz

Nada é o que parece ao que antecede
Se o olhar não tem fé, enxerga o mal
Quanto mais falta tempero no olhar
Menos a beleza da flor pode aflorar
Dando lugar ao desgosto de não ter sal

Se você queria me arrebatar, floresceu
Pois, quanto mais reteve a sua bondade
Mais me faltou, portanto, o que escondia
Foi quando desabrochou minha poesia
Numa busca sobrehumana pela verdade

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