sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

O VERDE DA MATA

Se um dia a mata ficar pálida
E até a flor perder a cor
Meu coração não se encerra
Eu não pertenço a esta terra
O meu ser está ligado ao Amor

Mas vós, homens, que a destruís
Que a sugais, só para vos inchar
Para serdes maiores que o outro
Pensais serdes bons ou doutos
Perdeis-vos, querendo vos achar

Por piedade, digo: arrependei-vos!
Estanqueis a hemorragia do planeta
Pela ferida da vossa existência vazia
Como úlceras, afligem a Terra de azia
Não assineis isso com a vossa caneta

Orgulhai-vos da vossa Montblanc?
Acheis que possuis algum poder?
Essa ilusão é aquela que vos mata
Enquanto roubais o verde da mata
Para pintar o que não é de comer

O amor ao dinheiro é a raiz dos males
O poder que pensais em ganhardes
Esvai com a ventania da verdade
Não sobra nada da vossa vaidade
Nem de vós, se não vos acordardes


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