sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

ROSAS, RAINHAS E FORMOSURA

Por muito tempo, no mundo
As rainhas em seus palácios
Tentaram obter com vestidos
Passar perfume, pintar os lábios
Para parecerem tão majestosas
No entanto, a muitas delas faltava
O que não se explica, mas gritava:
A formosura que há nas rosas

Não bastava sob o vestido
De tecido tingido da mesma cor
O perfume extraído da essência
Não era o brilho, não era o olor
Não tinha a ver com a aparência

Muitas rainhas buscaram mestres
Talentosos e ousados cabeleireiros
Perfeccionistas e atentos maquiadores
Delirantes e irreverentes costureiros
Mas não conseguiam ser como as flores

Até que uma princesa se despojou
E antes que puxasse à mãe em insensatez
Buscou conhecimento e sabedoria
Em vez de humilhar a corte, humilhou-se
Perante os súditos em admirável cortesia

Conviveu com os pobres e chorou
Com os doentes e alimentou famintos
Visitava todos os hospitais e orfanatos
Para ela, favelas não eram labirintos
Entregou-se aos súditos em comodato

Suas atitudes logo fizeram exemplo
E muitos se moveram na mesma linha
Ajudavam-se e cuidavam das crianças
Todos se encheram de fé e de esperança
E ela se tornou a mais amada rainha

Desse dia em diante, naquele reino
Nasceram as mais belas e deslumbrantes
Flores, que brotavam com essa cultura
Queriam ser como a rainha: irradiantes!
A linda moça virou conceito de formosura

Nenhum comentário:

Postar um comentário