O horizonte escreve poesia
Mas o livro prefere a prosa
E, mesmo livre, prende a moça
Ela não vê, que o sol não ouça
E perde o pôr-do-sol de rosa
Por mais que o céu se desdobre
Para ela, agora, não importa
Nas dobras da brochura, o papel
Parece universo maior que o céu
Não ergue o rosto, curva-se torta
Como bailarinas, nuvens dançam
Porém, aquelas do pensamento
Parecem mais altas no sonho dela
De fato, existem gravuras belas
Mas não à altura do firmamento
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