sábado, 10 de junho de 2017

PARA VER O AMOR

Curvo-me à beleza que se curva
Sutil, sensível e respeitosa à vida
Em humildade e gratidão sentida
Próprias da luz que não se turva

Admiro a turba e essa coreografia
De bailarinas que bailam ao vento
E prostram ao público com intento
De curar os corações sem cirurgia

Se não percebo bondoso empenho
De enfermeiras zelosas em gelosia
Não enxergo o amor, mesmo de dia

Como dizer que algum faro eu tenho?
Não veria samba no tango portenho
Nem a Lua me olhar e cantar poesia

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