O Poeta disse que o amor é fogo
Do tipo que arde sem se ver
Mas dou de lhe chamar de amor
Porque parece incêndio, sem arder
Tem nas suas abrasadas cores
Pétalas que aparentam labaredas
Mas a convivência é agradável
E os seus toques parecem sedas
Creio que o amor seja assim, brando
De paixão mansa, cavalo em pelo
Tão suave, quanto honesto e sábio
Serviço voluntário seja o seu selo
Flores como você, cujo néctar dá mel
Não se contenta em ser útil e bela
Ainda espalha um perfume que acalma
E partilha toda a ternura de sua tutela
O Poeta dizia do amor, a paixão cega
Certamente porque nunca a enxergou
Se essa flor não abre olhos inflamados
De que adianta tão refrescante fulgor?
Nenhum comentário:
Postar um comentário