Flor de ouro, reluzente
Quem a vê, não a sente
Pensa ser inolente
Com tanto esplendor
Aparência de preciosa
Nem almeja ser uma rosa
Não é mister ser uma flor
As aparências enganam
De dois intrigantes modos
Um deles é desprezar
O que impressiona e reluz
Imaginando ser enganoso
O brilho sempre vistoso
Que facilmente seduz
Quem a vê, não a sente
Pensa ser inolente
Com tanto esplendor
Aparência de preciosa
Nem almeja ser uma rosa
Não é mister ser uma flor
As aparências enganam
De dois intrigantes modos
Um deles é desprezar
O que impressiona e reluz
Imaginando ser enganoso
O brilho sempre vistoso
Que facilmente seduz
Cabelos de fios de ouro
Podem ter suas raízes
Não num cabeludo couro
Mas num cérebro cintilante
Cujos pensamentos vibrantes
Condizem com o tesouro
O seu coração dourado
A vida não é assim previsível
Como imaginam os entendidos
Cujo tédio, preguiça incrível
Sinaliza o horror a surpresas
E daí é que vem a aspereza
Da crua soberba, nua e gratuita
Pouco sábia, mesmo que astuta
Só Jesus na causa para salvar
Aquele que pensa saber de tudo
Tipo eu, que vivi me enganando
E fulano, que engana até o estudo
Contra um sete um não tem escudo
A não ser a ausência total de gana
Ninguém engana quem nada quer
Luto contra o meu querer
Embora todos pareçam do bem
Não tenho juízo para saber
O que é justo, o que é pra mim
Esperar em Deus, isso é certo
Às Suas surpresas vivo aberto
Semeio flores por um jardim
O Paraíso, o nosso fim
Nenhum comentário:
Postar um comentário