quarta-feira, 19 de julho de 2017

MISTERIOSO PERFUME

Como lençóis limpos
Estendem-se lânguidas pétalas
Línguas brancas, sem palavras
Manifestando ligeiras quedas

Lembrando puros e simples tecidos
Naturais, crus, como cambraias
Copia o recorte de lindas saias
E esbanja costura de tempos idos

Que tez tem a sensatez
Dessa formosura viva e límpida
Que reluz brancura típica
De cama de hospedaria boa!

Soa como um som de violino
Esse silêncio macio e aberto
Como um abraço armado de espera
E o aconchego de quem vê de perto

Quão convidativa se faz essa flor
Feita à medida de um apurado olfato
De fato, uma sedutora em forma e cor
Prometendo um perfume inesperado

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