Neste instante,
Você está tão distante
Como, numa estante
Um livro de poesia
Se encontra ao lado
Do de geografia
Embora, geograficamente
Mente quem disser, depois
Que havia distância entre os dois
Você diz de um conceito
Que eu até aceito
Mas não desse jeito
De se expressar
Porque, em vez de combater
Você, o preconceito
Fica estreito o ato de provocar
Você se mostra
Da “cosa nostra”
Como uma ostra
Escondendo a pérola
Quando faz questão de mostrar
Na marra, as garras, os dentes
E um rosnar sem precedente
Você não sabe
Mas não lhe cabe
Seu olhar de sabre
Cotando a minha garganta
Do jeito que se veste
Como se estivesse
Preparando a janta
Você insiste
Como quem resiste
Ao amor que existe
Nutrindo-o às sombras
Porém, negando-o ao luar
Não sei o que em mim lhe assombra
Sinceramente, eu só sei lhe amar
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