Aragem que vem de alguma viagem
E passa por mim e me percebe triste
Vento de generosa fonte que insiste
Em trazer o frescor de flores campestres
Com réstias de uma inocência silvestre
Um sorriso que, lá no agreste, resiste
Como posso continuar com este pranto
Se, ao se doar, seu ar enxuga meus olhos?
Sopro divino que me faz entoar um canto
Dobrando a alma em vibrações de amor
Lira suave que traz na viagem fragmentos
Da desprendida folhagem com cheiro de flor
Como posso sofrer se sua carícia me alivia
E traz uma alegria a sua sísmica sutileza?
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