Quem não me vê em paz
Entre essas perdas e danos
Durante todos esses anos
Não vê no oceano os sais
Não decifra que o amor
Cresce no silêncio de amar
Onde a amargura não há
No âmago seguro do rojador
Se no meu pobre semblante
Inocente, que lembra criança
Só se sente a vã esperança
E se diz: "ele não vai adiante"
Levante, portanto, minha voz
Se ainda a tenho em paixão
E revele a minha motivação
"Deus, tudo por amor a Vós"
Verá que Deus me dá lastros
E que esse amor é motor
Capaz de mover os astros
E fazer suportar a dor
Atravessar o oceano do amar
Requer resistir às tempestades
Ondas de maléficas potestades
Provas das profundezas do mar
Há que não morrer na praia
Menos ainda, afogar-se em mágoas
Como Jesus, andar sobre as águas
Como Jesus, andar sobre as águas
Diante das ilusões, não caia
Não em si, tudo poder encarar
Na força de quem sustenta
O amor de quem quer e tenta
E assenta sobre a Rocha o lar
Espero no meu Senhor a vida
A verdadeira, em profundo amar
Só o nosso Deus pode nos dar
E sondar a alma que acredita
Em essência, o amor nunca morre
Protegido pelo Primeiro Amor
Contra o qual não existe terror
Fulgor que não desiste nem corre
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