sexta-feira, 3 de junho de 2016

AMOR COM NITIDEZ

Diante do amor, afinal
Meu coração se aquietou
Depois de tanto medo
No engano de enredo
Em verdade, enveredou

Não eram desfiladeiros
Pedras nem espinhos
Não era a altura nem as trevas
Nem as inúmeras quedas
Que me afligiam no caminho

Era a minha ferida alma
Ainda lidando com veneno
Do meu próprio dissabor
Emaranhado em muita dor
De amor exposto ao sereno

O egoísmo rangendo
Resmungando as feridas
Meus pés hesitando
Os passos tropeçando
Quase uma perda de vida

Mas, em tempo, socorrido
Pelo Pai amoroso e fiel
Esse Pai que nós temos
Que nos vê como seremos
E nos reserva o Seu Céu

Diante do amor, finalmente
Meu coração está feliz
Não que consumado esteja
Até porque não há certeza
Mas a fé tudo me diz

Hoje, enxergo com clareza
A ternura por trás da cortina
Por ver com mais nitidez
Modéstia, não mais altivez
Nos gestos dessa menina

Nenhum comentário:

Postar um comentário