Diante do amor, afinal
Meu coração se aquietou
Depois de tanto medo
No engano de enredo
Em verdade, enveredou
Não eram desfiladeiros
Pedras nem espinhos
Não era a altura nem as trevas
Nem as inúmeras quedas
Que me afligiam no caminho
Era a minha ferida alma
Ainda lidando com veneno
Do meu próprio dissabor
Emaranhado em muita dor
De amor exposto ao sereno
O egoísmo rangendo
Resmungando as feridas
Meus pés hesitando
Os passos tropeçando
Quase uma perda de vida
Mas, em tempo, socorrido
Pelo Pai amoroso e fiel
Esse Pai que nós temos
Que nos vê como seremos
E nos reserva o Seu Céu
Diante do amor, finalmente
Meu coração está feliz
Não que consumado esteja
Até porque não há certeza
Mas a fé tudo me diz
Hoje, enxergo com clareza
A ternura por trás da cortina
Por ver com mais nitidez
Modéstia, não mais altivez
Nos gestos dessa menina
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