Tenho meu ser como completo
Não por mim, mas por Deus
Muito da ternura desse Arquiteto
Na profundeza dos olhos meus
Sou um outro universo, além-mar
Com astros, planetas, cometas
Realizo eclipses ao encontrar
Ofuscando asteróides, estrelas
Movo-me dançante, em espiral
Em torno do meu Senhor, meu Rei
Contra o fluxo externo, venal
Um velho sistema que desprezei
Do amor, não abri mão, isso jamais
Mas não vou me render às inverdades
Nem deixar-me furtar por futilidades
Ou que embarguem a minha paz
Antes, evito atracar em algum cais
Em precisa reviravolta, em barlavento
Prefiro viver à deriva, entre tormentos
Do que ancorar em porto vil e sagaz
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