sexta-feira, 28 de outubro de 2016

POR TRÁS DO DÓCIL DO ÓCIO

Barcos atracados flutuam
No vai e vem da baixa rebeldia
Nas pequenas ondulações
Do mar calmíssimo da baía

A brisa plagia da música o ritmo
E baliza um constante balé
Hipnotizados, talvez bêbados
Os barcos parecem amar a maré

A paisagem, com esse ar de calma
Não mostra a sua face, sua alma
Mas guarda uma explosão qualquer

Toda calmaria esconde armas
Algo submerso que não alarma
Como a ira daquela dócil mulher


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