quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

APARÊNCIA DO BEM

Desde criança, aos filmes
Via a rivalidades de mulheres
Uma cheia de ternura, suave
A outra, a faca entre talheres

Eu sentia amor pela correta
E achava o mocinho um anormal
Quando o tolo ficava em dúvida
Entre a candura e a mulher fatal

Mas depois vi que na vida real
Corações são cobertos por um manto
E, muitas vezes, a que parece ruim
É santa, enquanto a outra nem tanto

Assim como eu, que me fingi de mau
Para ser temido e jamais zombado
Sei que as mulheres dão uma de fatal
Só por assustar rivais com dissimulado

E também por acharem os homens iguais
Incapazes de se apaixonar por bondosas
Por não achar sedutora a aparência do bem
Separando para amantes, as gostosas

Ledo engano, pois não há de haver beleza
Que se iguale às virtudes em formosura
Por peitos, muitos não tratam com respeito
Por nudez, os homens perdem a compostura

Porém, uma mulher que preserva dignidade
Casta, humilde e sincera, se mantém serena
Experimenta o verdadeiro amor, o prêmio
A quem tem fé e não vive pra roubar a cena

Como os homens são filhos das mães
Tenho por mim que o segredo está na mulher
Se queremos mudança cultural com efeito
Por respeito, tenha ela coragem de ser o que é

Feito estas lindas, sem esconder a ternura
Sem disfarces do mal para assustar as rivais
Elas incentivam nos colibris o melhor deles
Pois não exigem mentiras de que sejam mais

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