domingo, 22 de janeiro de 2017

ENCHENTE


Não subestime o amor
Não deixe passar uma era
E achar que então já era
A espera não diminui a dor

Se não sabe como é amar
É como hiberna um urso
Ou um rio e o seu curso
Se descongela, corre pro mar

É feito a chuva que molha
Ou o sol que sempre volta
Um leão quando se solta
Ou o jeito que a águia olha

Olhe as nuvens, como são brandas
No entanto, outrora, cuspiram raios
(Igualmente, o amor não faz ensaios)
Inundaram tudo por essas bandas

Se tu represas o que sentes na alma
Eu te digo: te preparas
Porque o amor, quando transborda
Rompe barragens e tu acordas

Queira Deus não estejas nua
Ou que tu não saias pelas ruas
Como a própria Lua, de supetão
Perdida em explosões de fantasia
Surpreendendo a poesia
Com toda a força dessa paixão


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