segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

SEM DESESPERO

Mesmo que as emoções
Não me dominam mais
Meus poemas não mentem
Quando as valorizo
E as descrevo exuberantes
Pois que minha alma protegida
Minha razão guarnecida
Minha paz garantida por Deus
Não tiram a minha sensibilidade
Sobre a beleza, a candura
A inocência, a essência, os amores
Tudo das flores que vejo em gente
Tudo de gente que vejo em flores

Deus me fez um homem sereno
Mas alimentou ainda mais a minha lira
Pois que a paz não permite desespero
Porém, continuo vulnerável
E o meu coração vibra

Se ontem disse que ia morrer de amor
Mas não passei a noite em claro
E nem chorar, chorei
Não menti, pois não chorar é morrer
O choro e gemidos de dor
Antecedem a morte, o conforto na saudade
É a mortificação do ego minha castidade
E, se em ego eu morri, foi por amor

Entreguei minha vida ao meu Salvador
E pertence a Ele o meu destino
Nada que sinto me leva ao desatino
Nada mais me desaponta, nem o horror

Amo sem esperar em troca o amor
Dou-me sem cobrar entrega
Uma flor morre, se não se rega
Mas o que sinto não é uma flor

Sempre soube que o amor é sofredor
Bem mais que todos sofreu Jesus
Exatamente quem mais amou

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