A nossa pobre visão é falha
Nem sempre vê o que olha
Vê a flor onde só há folha
E folha, onde só tem palha
A pobre visão se atrapalha
Nos botões de um aparelho
Logo, também no espelho
Pode não ver o que valha
Esses pobres olhos da cara
Se, no coração, não tem fé
Erram ao enxergar a mulher
Com o impuro levedo da tara
Pobre cara de ilusão ávida
Sua altivez o trai no olhar
Nem nota os azuis do luar
E sente frio em noite cálida
Poluir o coração dá nisso
Injustiça é imundície aqui
Perdão ou pede para sair
Sem o ego falir, sem paraíso
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